Direção de Arte e Ilustrações

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O primeiro dia de um Diretor de Arte.

Ser Diretor de Arte não é uma função ou cargo como objetivo, é um estado de espírito. Uma constante inspiração, motivação e tesão pelo acordar. É o começo das atividades do profissional de Publicidade e Propaganda que almeja vôos mais altos e, quem sabe, uma visita a Cannes. Geralmente não se diz ser o tal ou querer sê-lo, vem do berço, das entranhas da criação, e da visão mais apurada de tudo que o circunda. Não é causa, é conseqüência. No experiente Arte-finalista, que por anos acompanha o reconhecimento de estagiários promovidos a Diretores de Arte, existe sempre o anseio de ser ou não ser. A questão é ser bom o suficiente para confrontar as novas idéias e conceitos de uma nova geração.

Começar em uma agência de propaganda como Arte-finalista é a maior desgraça de um criativo, pois tende a acomodar e alienar. Agora, e quando a oportunidade aparece depois de anos de alienação? Até que ponto o profissional está preparado para recomeçar? Nada melhor do que um espelho para conversar e persuadir-se.

O primeiro dia na nova agência é mágico, as idéias fervilham, a língua está afiada, você é o centro das atenções e detém outros sentimentos mais profundos também. É no primeiro dia que se define os aliados, os inimigos e os macaquinhos; criaturas metódicas que repetem eternamente o que já foi feito, com medo de mudar e levar um jato d'água, como conta a piada.

No primeiro dia, é conhecido ainda, o Redator que vai formar a sua Dupla de Criação. Com esse, é importante um relacionamento franco, aberto e criativo. É importante tê-lo como um aliado e saber até que ponto será um coelho ou uma aranha. O coelho corre na frente e o Diretor de Arte vai atrás, enquanto que a aranha é lenta e você não vê a hora de matá-la.